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Queratose actínica é uma lesão vermelha e escamosa. Aparece com mais frequência no rosto, nas orelhas, nos lábios, no dorso das mãos, no antebraço, nos ombros, no colo, no couro cabeludo de pessoas calvas ou em outras áreas do corpo expostas ao sol. Inicialmente, as lesões são pequenas, e normalmente é mais fácil reconhecê-las pelo tato, onde conseguimos sentir a lesão escamativa. A presença de queratoses indica dano solar, e a lesão pode evoluir para câncer da pele.
Pessoas com pele, cabelos e olhos claros são as mais suscetíveis a desenvolver queratoses com o passar dos anos. Manifesta-se mais em homens, pois eles tendem a usar menos protetor solar do que as mulheres.
Embora seja uma lesão pré-cancerígena, apenas 10% das lesões evoluem para carcinoma de células escamosas. Mesmo não sendo uma porcentagem alta, entre 40% e 60% dos carcinomas começam por causa de queratoses mal tratadas. O câncer se desenvolve quando a lesão invade os tecidos mais profundos da pele.
Similares a verrugas, as lesões podem apresentar diferentes aspectos, dependendo da localização. É importante examinar a pele constantemente, e se atentar a lesões anormais, que mudem de tamanho, forma, ou textura.
Algumas lesões da queratose actínica têm aspecto de “lixa”, outras escamam ou formam uma crosta mais dura. Ficar atento que, se houver sangramento da lesão, pode ser indício de uma transformação maligna! A queilite actínica é outra forma de queratose actínica. Ela se desenvolve nos lábios e também tem potencial para transformar-se em carcinomas. Geralmente, indivíduos com queilite actínica, perdem o limite do vermelhão do lábio, têm uma boca mais brancacenta e seca.
Como os efeitos da radiação UV são cumulativos, pessoas mais velhas são mais propensas a desenvolver queratoses actínicas. Porém, há casos de pessoas entre 20 e 30 anos que desenvolveram o problema. Pacientes que tiveram o sistema imunológico enfraquecido por quimioterapia, AIDS, transplantes ou exposição excessiva aos raios UV são mais propensas a desenvolver essas queratoses.
Todos os casos de queratose actínica precisam ser tratados. Há medicamentos tópicos que podem eliminar a lesão, e que podem ser combinados com outros tipos de tratamentos caso haja muitas queratoses na pele do paciente. Conheça algumas opções:
O 5-Fluoracil (5-FU) é o tratamento tópico mais utilizado para a queratose actínica. É eficaz também em lesões subclínicas. Normalmente, as lesões se curam em duas 3 – 4 semanas. Cicatrizes são raras.
O Imiquimod em creme age estimulando o sistema imune para produzir interferon, um agente químico que destrói células cancerosas e pré-cancerosas. Apesar de serem bem toleradas, algumas pessoas podem apresentar vermelhidão, ulcerações e dor.
A associação de diclofenaco e ácido hialurônico tópicos, em creme, é outra opção terapêutica. Principalmente em pessoas que são hipersensíveis aos tratamentos tópicos comuns. O diclofenaco previne uma resposta inflamatória, e o ácido hialurônico adia a absorção do diclofenaco fazendo com que ele permaneça por mais tempo na pele.
Não é necessário anestesia. É aplicado nitrogênio líquido sobre a queratose, seja com um dispositivo de aerossol ou com uma ponta de algodão. Este método congela as lesões, que viram crostas e caem. Podem ocorrer vermelhidão e inchaço local após o tratamento. Alguns pacientes desenvolvem uma mancha branca permanente no local.
Aplica-se um ácido tricloroacético (ATC) sobre a pele. As camadas superiores da pele se desprendem e em geral se regeneram em sete dias. A técnica pode causar irritação temporárias. É feito pelo médico em consultório e pode ser feito também pontualmente nas lesões.
O laser penetra e age através do tecido, sem provocar sangramento. Essa opção é boa para lesões em áreas pequenas ou restritas, e pode ser eficaz para queratoses na face e no couro cabeludo, assim como para queilite actínica dos lábios. Pode necessitar de anestesia local ou ocorrer perda de pigmentação. Os lasers também são utilizados como tratamento alternativo quando outros métodos não obtiveram sucesso.
A terapia fotodinâmica pode ser útil para lesões na face ou no couro cabeludo. Consiste na aplicação de um agente fotossensibilizante tópico, o ácido 5-aminolevulínico (5-ALA), nas lesões. Em seguida, a área a ser tratada é exposta a uma luz que ativa o 5-ALA. O tratamento destrói as queratoses actínicas seletivamente, causando pouco dano ao tecido normal, embora seja comum a ocorrência de edema ou vermelhidão local. Geralmente utilizada em áreas extensas de com lesões.
Atenção: Nunca aposte na automedicação para tratar queratose actínica. Somente um médico pode identificá-la e tratá-la corretamente!
A proteção solar é a melhor estratégia para evitar a queratose actínica. A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda as seguintes medidas:
Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
Somos uma Clínica Dermatológica, Endocrinologia e Ginecológica especializada, com unidades nos bairros de Moema, Jardim Paulista, Higienópolis e Santo Amaro.
Atuando desde 1998 no exercício da medicina, hoje somos uma referência em atendimento de qualidade em Dermatologia, Endocrinologia e Ginecologia na Cidade de São Paulo – SP.
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